PREMIAÇÃO II CONCURSO NACIONAL DE POESIA SOBRE O VINHO

O que: Premiação do II Concurso NacionaL de Poesia sobre o vinho
Onde: Praça da Poesia, Pavilhão da FENAVINHO, Bento Gonçalves
Quando: 31.01.2009, às 19h
Promoção da Prefeitura de Bento Gonçalves, Fundação Casa das Artes,
Biblioteca Pública Castro Alves, Congresso de Poesia e Fenavinho Brasil 2009

Observações: Para acesso aos pavilhões os convidados devem se identificar
na bilheteria da Fenavinho.

CONSIDERAÇÕES SOBRE VALORES

O que vou escrever aqui não é nenhum tratado sobre Moral e Ética, até porque não me acho qualificada para tanto. Também não vou escandir e Lei 9610/98, que dispõe sobre os direitos autorais e prevê as penalidade aplicáveis a cada caso em menção, porque isso já está explícito em qualquer site especializado da internet e parece ser de domínio público(até porque a ninguém é facultado desconhecer a lei).
Vou tentar falar, sim, de forma genérica, mas contundente, sobre alguns valores que recebi ainda criança e carrego , vida afora, para aplicar em todas as áreas por onde atuo, nas situações que vivencio e no trato das coisas mais corriqueiras do dia-a-dia. Ouvimos muito falar em crise de valores, falta de valores, e o que seriam esses elementos que estão faltando ou aparecendo de forma canhestra no nosso meio, nos dias de hoje? Sei que é um assunto de tamanha profundidade que é muita pretensão minha querer sintetizar em poucas linhas essa sensação de impotência diante de situações com que nos deparamos, com muito mais freqüência do que gostaríamos. Sim, estou falando de plágio, que não é assunto novo nem desconhecido e continua acontecendo nas nossas barbas.
A isso eu registro o meu repúdio e conclamo a todos os poetas honestos, (sim, porque apropriar-se, total ou parcialmente, de um conteúdo intelectual que não lhe pertence é furto, e furtar é algo desonesto em qualquer cultura, em qualquer sociedade e em qualquer tempo), aqueles que querem crescer intelectualmente, a formar uma corrente pela Ética e pela Moral e pela manutenção daqueles valores básicos que recebemos dos nossos pais (não mentir, não furtar, pagar nossas dívidas, assumir nossos erros, respeitar as pessoas em sua diversidade, sua produção, etc...).

É claro que gostamos de ler os mestres da cultura e mesmo aqueles que ainda não se consideram expoentes, mas estão mostrando seus trabalhos com qualidade. È lógico também que, em algumas ocasiões, nos deparamos com um sentimento de tamanha admiração que chegamos a pensar , e até dizer: “puxa vida, eu gostaria de ter escrito isso”! E não há nada de errado aí, porque nos estimula a produzir algo tão bom quanto, e por que não até melhor? Essas sensações nos alavancam de nosso marasmo e nos fazem pesquisar o assunto, além de desencadear aquela avalanche de sentimentos (só nossos), que vão resultar em algo novo, inédito, com nuances que ainda ninguém viu, porque estavam camufladas em nossa individualidade: isso sim é arte, é processo criativo, e quem não se enquadrar no contexto, minhas desculpas, mas como diz minha crítica literária favorita (minha filha):”não dá pra coisa”, e meu conselho? Arquive sua pretensão porque não precisamos e não queremos plagiadores, precisamos e queremos pessoas criativas, honestas, que venham nos acrescentar e surpreender. Sem falar que só tem vida longa o que é autêntico, o falso pode brilhar no início...mas a verdade logo o apagará.

Basilina Pereira
Representante da Poemas no DF